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VIAGENS DE ANTONIO MIRANDA PELO BRASIL
 


O DIA EM QUE BRASÍLIA (QUASE) PAROU
29-04-1990

Uma verdadeira paranóia! A imprevidência, a insensatez,
a irriesponsabilidade do governo Sarney levou o Proálcool ao descalabro, a uma grave crise de abastecimento.
Os cariocas passam o dia percorrendo a cidade em busca de um posto de gasolina e, quando encontram um com o precioso combustível, ficam horas e horas em filas quilométricas esperando a vez (que nem sempre chega, quando chega, pode limitar-se ao fornecimento de apenas uns vinte e poucos litros.

Goiânia e São Paulo também experimentam o mesmo drama, além de algumas capitais do Nordeste. Nem a chegada do fatídico metanol tem aliviado o racionamento compulsivo.

Brasília agora perdeu o seu privilégio de Capital da República se enfrenta também o mesmo drama. Motoristas andam desesperados pelas largas avenidas à busca de posto para abastecer. Quase sempre em vão. As autoridades aconselham usar o carro o mínimo possível, como se isso já não estivesse acontecendo!...

Passei por uma dúzia de postos nos últimos três dias. Fui encontrar álcool depois do Núcleo Bandeirante, na rodovia para Belo Horizonte. Pura sorte. O Posto acabava de ser reabastecido e fui dos primeiros a entrar em fila. Logo a fila cresceu, rapidamente.

Saí de lá com uma terrível sensação de impotência, de insegurança. Todo mundo tentando encher os tanques, vasilhames, estocando combustível ao máximo, aumentando ainda mais o consumo, a crise, a insegurança.

Um egoísmo, um individualismo típico de nossa formação colonial, como bem descreveu Sérgio Buarque de Hollanda em seu célebre “Raízes do Brasil”:
“Eu não me chamo Raimundo, que se foda o mundo”!
O Governo incentivou a compra de carro a álcool e agora sofre-se com a falta de planejamento, a imprevisibilidade, com a incompetência dos tecnocratas e políticos.

Os carros a álcool desvalorizaram, os proprietários vivem  com a sensação incômoda de terem sido lesados e sem a certeza de poder locomover-se.
Tempos difíceis.

 

 

 
 
 
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